A temporada masculina do inverno 2014 internacional, que termina hoje, em Paris, aponta algumas mudanças.
A primeira delas diz respeito à subversão do que outrora se intitulava "feminilização masculina". Mesmo na ousadia contida da Burberry ou no "artsy" de Raf Simons, o termo soa datado.
A alfaiataria ainda é mais justa, mas os clássicos renovados, como ternos com blazer transpassado de seis ou quatro botões, bolsas maiores em tons escuros e um certo cuidado para que os comprimentos valorizem os ombros e alonguem a silhueta, passam a ser preocupações de boa parte dos estilistas.
Os casacos amplos e as jaquetas curtas foram destaques da temporada, que começou há duas semanas em Londres e, depois, Milão.
Foi também na cidade italiana que a Prada, inspirada na coreógrafa alemã Pina Bausch (1940-2009), apresentou roupas funcionais, em que prevaleciam cores militares -o velho uniforme da moda para homens - e detalhes de peles.
Nota-se também uma preocupação maior com os tecidos. Numa seara onde novidade não significa necessariamente modismo, as marcas vão fundo na pesquisa de materiais para misturar texturas e algum brilho.
PEDRO DINIZ
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA - 19.01.2014
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA - 19.01.2014
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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